quinta-feira, 29 de julho de 2010

Entrevista Seitenblicke Magazine (Austria)

Desde Príncipe Caspian você é uma estrela. Quão importante é a fama pra você?
Eu não me consideraria uma estrela. Estou a milhas disso. Estritamente falando, eu ainda estou aprendendo. Uma coisa eu não esqueço: Pra mim, sucesso não vem da noite pro dia.

Quão difícil foi isso pra você?
Depois de terminar a faculdade eu estava bastante desesperado, pois não conseguia emprego. E o tempo que passei em Los Angeles não foi exatamente um sucesso. Exceto pela audição que fiz pra alguns filmes não muito bons, eu não consegui nada por lá. Então eu voltei para a Inglaterra completamente quebrado e, por fim, eu estava realmente feliz com isso. Ainda bem, porque como você pode ver, tudo deu certo depois. (risos)

Então, o que você achou de interessante do seu novo personagem, Dorian Gray?
Eu amo o livro de Oscar Wilde desde que eu era adolescente - a história é realmente sobre essa fase da vida. Gostei de como o diretor, Oliver Parker, traçou um retrato psicológico do personagem.

Dorian Gray tenta de todas as maneiras possiveis chegar ao topo. Poderia ser uma possivel comparação com a sua carreira?
Em alguns aspectos, é uma comparação aceitável. Nós vivemos em uma sociedade obsecada pela juventuda, uma sociedade que necessita de beleza e fama. Mas que, no fim, se tornam cruéis e vazias. Como ator, você tem que fazer uma balança entre duas realidades. Por um lado, tem sua vida pessoal. E depois essa coisa estranha chamada de imagem pública. Isso é o que Oscar Wilde descreve em seu romance. Para mim é uma metáfora maravilhosa de como é possível se perder em coisas sem sentido e superficiais. Em nenhum dos casos eu gostaria de terminar como Dorian.

Mas, pensando bem, isso não é de todo mal, é?
Acho um pouco constrangedor falar sobre minha aparencia. É claro que isso abre muitas portas e nos dá segurança. Mas, sem talento você não é aceito em lugar nenhum. Em todo caso, quero provar pra mim mesmo que eu sou um bom ator e não apenas um rosto bonito. Percebi o quanto o nosso mundo é obcecado pela beleza durante as gravações de Easy Virtue - com a Jessica Biel. As coisas com que ela tinha que lidar eram inacreditáveis. Sua aparência parecia ser tudo que importava. Isso é loucura! Especialmente para as mulheres... isso deve ser muito tedioso.

Você é vaidoso?
(risos) Não. Minha aparência não é importante pra mim. Eu prefiro vestir uma calça jeans e uma jaqueta de couro. Isso é tudo que preciso. E não me preocupo com a idade - como Dorian Gray faz. Ao contrário, estou ancioso para envelhecer. Já estou com 28 anos, mas ninguem acredita em mim. Isso é bom por um lado, mas por outros, há produtores que me acham novo demais para alguns papéis. Mas acho que não deveria reclamar tanto da minha vantagem genética (risos). Ainda mais porque tem gente que venderia a alma por isso.

Você já foi seduzido pela fama rápida?
Ainda não. Especialmente porque tive que lidar com alguns fracassos no inicio da carreira. Estou ciente do fato de que, como ator, posso ser levado aos céus em um dia e ser completamente esquecido no dia seguinte. Eu vejo meu sucesso em Príncipe Caspian como uma coisa muito calma. Não precisei fazer muito, já que o sucesso desse filme, em particular, se deve à enorme "máquina de marketing" que existe para jogar o filme para o centro das atenções do público.

Em Dorian Gray você esteve trabalhando com o vencedor do Oscar, Collin Firth. Ele lhe deu algum conselho sobre a carreira?
Eu realmente esperava que ele fosse se tornar uma espécie de mentor pra mim, que fosse me dar dicas brilhantes. Mas ele apenas disse: 'Confie em seu instinto'. No entanto, eu já me sinto inspirado só por ter trabalhado com ele. Espero que, no futuro, eu possa ser tão calmo e composto como ele é.

Como são as coisas com as mulheres? A fama ajuda?
Elas já me notavam antes da carreira cinematográfica. (risos) Estou tentando não depender muito da minha aparência, apesar de que seria mais fácil assim. Mas eu prefiro ser o caçador! Tenho meu orgulho. Acredito que posso derreter muitos corações só com minha maravilhosa personalidade e minha conversa convincente. (risos)

Tem como não amar um cara desses? kkkk Ele é demais, amo o senso de humor dele!
Enfim, galera por favor..se alguém for postar essas entrevistas em algum lugar dê os créditos, ok? É difícil traduzir essas paradas e pra continuar trazendo esse conteúdo pra vocês a gente precisa de reconhecimento, beleza?

Grande abraço,
Carla Caroline